Serra da Canastra: onde fica, quando ir e o que conhecer em 2025!

A Serra da Canastra é uma das regiões mais exuberantes do sudoeste de Minas Gerais. Cercada por cachoeiras imponentes e uma natureza de tirar o fôlego, essa jóia mineira preserva uma área extensa do cerrado brasileiro.

Atrações como o Parque Nacional da Serra da Canastra, um verdadeiro santuário ecológico localizado na região, fazem deste um dos destinos mais visitados do país com quase 400 mil pessoas por ano.

Outro fator indiscutível na popularidade da região é o Queijo Canastra. Produzido artesanalmente, ele é reconhecido como um dos melhores queijos do mundo.

Se você ama ecoturismo, boa gastronomia e uma dose de cultura mineira, esse destino é para você. Neste guia, explicaremos como chegar, quando ir e quais atrações não podem faltar no seu roteiro de viagem. Vamos lá?

Onde fica a Serra da Canastra?

A Serra da Canastra fica localizada no sudoeste do estado de Minas Gerais e ocupa uma área que se estende por 6 municípios: Capitólio, Delfinópolis, Sacramento, São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita.

Contemplando cerca de 200 mil hectares desse complexo montanhoso, o Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado em 1972 para ajudar na proteção da área.

Essa formação geológica é também um divisor de águas entre as bacias dos rios São Francisco e Paraná. Também está lá a nascente do rio Velho Chico, um dos mais importantes do país.

Qual a melhor cidade para conhecer a Serra da Canastra?

São Roque de Minas é a melhor cidade para quem quer conhecer as belezas da Serra da Canastra. 

A cidade tem acesso direto aos principais atrativos da Serra da Canastra. Além de abrigar uma alta porcentagem dos restaurantes, pousadas e agências de turismo com foco na região. 

Outras cidades como Delfinópolis, Sacramento e São João Batista do Glória são alternativas para viajantes que desejam explorar outras partes ao norte do cerrado. 

Como chegar na Serra da Canastra?

Para chegar à Serra da Canastra, o caminho mais indicado é por via terrestre tendo a cidade de São Roque de Minas como porta de entrada para a região. 

Saindo de Belo Horizonte (380 km), de carro, e seguindo pela BR-262 e MG-050, o viajante leva cerca de 5 horas para chegar à região. 

Já para quem vai de São Paulo (530 km), gasta aproximadamente 7 horas no volante, seguindo a BR-050 e a MG-344.

Lembre-se que em ambos os caminhos, é necessário o pagamento de pedágios ao longo do trajeto!

Outra opção é viajar de ônibus, com linhas regulares que vão até capitais como as cidades de Passos ou Piumhi. A partir daí, é necessário pegar um transporte local (vans executivas ou táxi) até São Roque de Minas.

E quem opta pela via aérea, tem o Aeroporto de Uberaba como ponto de desembarque há cerca de 230 km do parque. Depois de aterrissar o mais indicado é contratar um transfer privativo para concluir a viagem até a região da Canastra.

Melhor época para ir à Serra da Canastra

A estação seca, entre os meses de maio a setembro, é a época mais indicada para ir à Serra da Canastra. 

Com temperaturas mais amenas, variando entre 10ºC e 25ºC, essa época do ano tem um clima estável que garante mais segurança para os passeios e um volume de água moderado nas cachoeiras da região.

Os dias ensolarados também levam a trilhas mais secas e menor índice de cancelamento para atividades pré-agendadas como trilhas guiadas ou passeios 4×4. 

Mas fique ligado, entre os meses de junho e julho, o frio na região pode atrapalhar seu roteiro de atividades, especialmente à noite, quando as temperaturas ficam próximas de 0ºC.

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O que fazer na Serra da Canastra?

Trilhas, mirantes naturais, cachoeiras e até esportes de adrenalina como o rapel, escalada e mountain bike: não faltam opções para aproveitar as belezas naturais da Serra da Canastra!

Abaixo, conheça alguns dos principais atrativos em uma das regiões mais exuberantes do cerrado de Minas Gerais. Confira!

Cachoeiras na Serra da Canastra

A Serra da Canastra tem pelo menos 30 cachoeiras catalogadas e abriga algumas das quedas d’água mais altas do país, em uma região preservada dentro do parque que atrai visitantes em todas as épocas do ano.

Confira quais delas não podem ficar de fora do seu roteiro de viagem pela região!

Cachoeira Casca d’Anta

Com uma queda d’água de 186 metros, a Cachoeira Casca d’Anta é uma das mais altas do Brasil. Localizada no Parque Nacional da Serra da Canastra, essa atração pode ser visitada de terça a domingo, de 8h às 17h, com entrada a R$ 9 (em fevereiro de 2025).

O visitante que vai ao parque pode entrar pelo portão 1 (para a parte alta) ou pelo portão 4 (para a parte baixa), e se você deseja conhecer a cachoeira dos dois jeitos, o ideal é ir em dias diferentes: são 45 km entre os dois pontos.

Na parte alta, faça um passeio 4×4 para ver também outros pontos turísticos como a nascente histórica do Rio São Francisco, as fazendas de queijo da região e outras cachoeiras como a Rasga Canga e a do Rolinho. 

Já na parte baixa, prepare-se para fazer uma trilha de cerca de 3 km (ida e volta) para conhecer o poço onde a queda d’água termina. 

Assim como na parte alta, existem banheiros e bancos para descanso. Mas indicamos que você leve a própria comida pois não há opções de venda no local. 

Cachoeira do Cerradão

A Reserva Natural da Cachoeira do Cerradão é uma área protegida com mais de 200 metros de altura, em um complexo de 3 quedas. A atração recebe visitas autoguiadas de segunda a domingo, de 8h às 17h, com entrada a R$ 30 (em fevereiro de 2025).

Há 7 km de São Roque de Minas, a cachoeira é acessada por meio de uma trilha de aproximadamente 3 km (ida e volta), com sinalização interpretativa e indicada para os amantes do ecoturismo. 

Outras atividades incluem caminhadas de educação ambiental, observação da fauna e flora, e claro, os banhos de rio e cachoeira. Tudo isso em uma reserva de 60 hectares, que também tem recepção, banheiros e espaços de espera para comodidade do visitante.

Cachoeira da Chinela

Localizada a cerca de 13 km do centro de São Roque de Minas, a Cachoeira da Chinela é uma atração “escondida” em uma propriedade particular, nas proximidades do município de Vargem Bonita.

A trilha fácil que se estende por 400 metros leva até a queda d’água formada pelas águas geladas e cristalinas do Rio Santo Antônio. Além do poço verde onde a queda termina, também é possível chegar a Cachoeira da Lavrinha, próxima a região.

Com entrada a R$ 30 (em fevereiro de 2025), a visitação é autoguiada e indicada para pessoas de todas as idades pela facilidade do trajeto. 

Cachoeira do Fundão

A Cachoeira do Fundão é outra atração exuberante e pouco conhecida na região do parque da Serra da Canastra. Com quase 80 metros de altura, a queda d’água termina em poços de água cristalina e cor esmeralda.

A entrada é gratuita, mas o acesso é um pouco mais complicado pois a cachoeira é escondida pelas trilhas e estradas da região. Mas não se preocupe: é possível chegar até lá! O caminho mais indicado parte da entrada principal do parque, na portaria 1, e tem aproximadamente 57 km até o início da trilha a pé. 

A estrada de chão batido dificulta o trajeto, mas ao final, você verá a placa “Subida do fundão”, onde a trilha começa.

No caminho é possível avistar outros pontos turísticos da região como a Garagem de Pedras, a Serra da Babilônia e o Vão dos Cândidos.

Cachoeira da Lavrinha

Com uma queda d’água de 60 metros, a Cachoeira da Lavrinha fica há cerca de 14 km de Vargem Bonita.

O acesso pode ser realizado pelo mesmo caminho que leva a Cachoeira da Chinela, em uma trilha de aproximadamente 700 metros, com entrada a R$ 15 (em fevereiro de 2025), em uma propriedade particular da região.

A cachoeira fica dentro do Complexo do parque e está bem próxima a Cachoeira da Lavra, sendo uma região ideal para mergulhos nas piscinas naturais de águas verde esmeralda formadas onda a queda termina. 

Cachoeira Rasga Canga

Localizada próxima a estrada da parte alta do parque, e há 10 km do Rio dos Rolinhos, a Cachoeira Rasga Canga tem quatro quedas formadas pelas águas do rio. A mais alta tem cerca de 15 metros de altura e cai sobre dois poços rasos.

Com entrada gratuita, é possível receber “massagens” das quedas naturais nos poços em um ponto que também é indicado para banho e relaxamento nas pedras que a rodeiam. 

Seu nome original é Cachoeira dos Rolinhos, mas foi apelidada com o novo nome pela quantidade de pedras escorregadias no trajeto até o fim da queda d’água. 

Alto do Rolinho

Com aproximadamente 1.380 metros de altitude, o Alto do Rolinho é um dos pontos mais emblemáticos da região. 

Ele está localizado a cerca de 10 km da portaria principal do parque da Serra da Canastra e recebe visitantes de segunda a domingo, de 8h às 16h, com entrada a R$ 30 (valor incluso na entrada do parque, em fevereiro de 2025).

Para chegar no Alto do Rolinho é necessário encarar uma estrada de terra, de carro, até o local. Depois disso, uma trilha breve guia visitantes ao ponto mais alto da atração que permite uma visão de 360º do cerrado mineiro.

Por lá, é possível avistar atrativos famosos como a Cachoeira Casca d’Anta que tem uma das maiores quedas do país.

Curral de Pedras

O Curral de Pedras é uma lembrança de uma época importante para a pecuária da Canastra. Antigamente, essa estrutura feita com pedras e rochas naturais era utilizada para o manejo do gado na região.

Hoje, o local que antes pertencia aos pastores e vaqueiros, é um importante ponto turístico. Por ter uma altitude com boa visão para o Chapadão, passou a ser um ponto de referência para observar o pôr-do-sol e as belezas do cerrado mineiro. 

Nascente do Rio São Francisco

Localizada no ponto mais alto do parque, a histórica nascente do Rio São Francisco é o berço de muitos dos rios que cortam a região. Segundo o IBGE, o rio tem aproximadamente 2.700 km de extensão, e atravessa pelo menos 6 estados brasileiros.

Por muitos anos, acreditou-se que o rio realmente nascia na Serra da Canastra, mas em 2002 foi descoberto que sua nascente geográfica é na verdade no Rio Samburá, em Medeiros, também em Minas Gerais.

Morro do Carvão

Quem visita a Cachoeira Casca d’Anta (pela portaria 4) pode conhecer também o mirante do Morro do Carvão, um dos pontos mais altos da região com vista panorâmica da Serra da Canastra e da Babilônia.

Para chegar no mirante, o viajante deve seguir pela estrada principal por cerca de 5 km a partir da cachoeira. O ideal é fazer o trajeto em um veículo 4×4 devido a precariedade das estradas da região.

Ao chegar ao fim da estrada, é necessário fazer uma trilha que passa pela Serra Calçada antes de chegar no Morro do Carvão. Depois disso, aprecie o visual espetacular. 

Piscinas Naturais do Tio Zezico

Localizadas em uma propriedade particular próxima a portaria 4 do parque, as Piscinas Naturais do Tio Zezico são um ponto ideal para banho e relaxamento. O valor de entrada pode variar, mas a trilha de acesso é tranquila e não exige muito esforço físico do viajante.

A propriedade, que é conhecida por suas águas azul-turquesa com a presença de peixes, também oferece espaço de camping para visitantes que desejam passar a noite no local.

Onde ficar na Serra da Canastra?

A cidade de São Roque de Minas tem grande oferta de acomodações e é a mais procurada para hospedagem na região. 

Muitas pousadas na Serra da Canastra ficam próximas da entrada principal do parque e tem café da manhã com o tradicional queijo Canastra e outros quitutes mineiros, e visão para as montanhas. 

Além de opções mais luxuosas que incluem desde piscina aquecida até restaurante interno. Os preços variam de R$ 200 a R$ 800 por diária (em fevereiro de 2025).

Outras opções para hospedagem estão nas cidades de Delfinópolis, Sacramento e Vargem Bonita que também fazem parte do complexo ecológico. Com acomodações mais rústicas e um ambiente familiar, elas também têm preços mais em conta.

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O que fazer na Serra da Canastra em 3 dias?

Se você tem apenas 3 dias para conhecer os principais atrativos do cerrado mineiro, comece com o planejamento. 

Visitar a Serra da Canastra tem tudo para ser uma aventura incrível, mas para sair desbravando as trilhas da região, é essencial ter um bom roteiro em mãos.

No primeiro dia, faça passeios pelos principais pontos turísticos da região começando com uma visita à nascente histórica do Rio São Francisco. Depois siga em direção a Cachoeira Casca d’Anta (na parte alta) e antes de descer, vá ao mirante do Alto do Rolinho.

No segundo dia, faça um tour pelas cachoeiras da região como a Cachoeira do Fundão, a Cachoeira da Chinela e a Cachoeira do Cerradão. Nesse caso, o ideal é contratar um guia local para um passeio e se preparar para picos de esforço mais intenso.

No terceiro e último dia, volte sua atenção para a gastronomia incomparável do cerrado visitando as fazendas produtoras de Queijo Canastra. Lá, você ainda ganha uma aula sobre o processo de produção artesanal dessa jóia da culinária mineira.

Encerre seu passeio assistindo o pôr-do-sol exuberante no Morro do Carvão, momento ideal para registrar sua visita com fotografias em um cenário espetacular.

Para todos os dias, certifique-se de reservar as visitas com antecedência, especialmente na alta temporada. Evite passeios em dias chuvosos, reforce o protetor solar, água, repelente e use calçados apropriados para trilhas.

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Escrito por:

Julia Santos